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Energias Renováveis - Soluções Fotoluminescentes para um mundo mais seguro e sustentável

Adrian Iley, Director Geral, G.B.C. (Speciality Chemicals) Limited., Director & Secretário, Photoluminescent Safety Products Association (P.S.P.A.)

Publicado: 03/03/2023 - Fonte: Fonte: Everlux – Parceiro Crea-GO




O que acontece quando as luzes se apagam? Atualmente todas as pessoas com um telefone celular acionam a sua lanterna e depois começam a procurar o antigo estoque de velas e fósforos. Mas, se não estiver com um celular ou uma lanterna à mão - e estou pensando particularmente na geração mais idosa e nos grupos mais pobres da população, qual é o resultado? Pânico, desorientação, muito stress, alarme e elevado risco de acidente ou lesão.

A crise energética significa que existe uma forte possibilidade de falta de energia e apagões, pelo menos no próximo ano. Consequentemente, faz sentido que todos pensem em como podem lidar com esta situação. É claro que se pode investir em sistemas de backup (reserva) de baterias, mas a menos que se encontre na posição privilegiada de ter o seu próprio parque solar ou eólico, a maioria das pessoas simplesmente precisam se safar de alguma maneira.

Em edifícios públicos ou edifícios de ocupação múltipla, deve haver uma sinalização e marcação adequada de percurso de abandono em todas as áreas públicas, conforme especificado pela regulamentação nacional e local. Normalmente, estes sistemas envolvem iluminação elétrica de emergência com sistemas de backup (reserva) de bateria. Contudo, vimos em numerosos exemplos, incluindo as Torres Gêmeas (de 11 setembro), e mais recentemente a Torre Grenfell, que tais sistemas, mesmo que instalados corretamente, não funcionam necessariamente de forma adequada em uma emergência. O que é sempre verdade é que os sistemas elétricos requerem energia e se a fonte de energia for interrompida ou se não tiver a manutenção exigida, não funcionam.

Os Sistemas Fotoluminescentes são baseados em pigmentos especiais que absorvem a luz UV, fazem o seu armazenamento e reemitem a energia sob a forma de luz visível durante um período de várias horas. Geralmente, estes sistemas, desde que estejam expostos à luz ambiente natural ou artificial e à sua parcela de radiação UV, não podem falhar. Há muitos exemplos de casos em que a sua existência mostrou que as pessoas conseguiram abandonar com segurança, de edifícios e transportes públicos, apenas porque tais Sistemas de Sinalização Fotoluminescentes foram instalados, muitas vezes complementares aos sistemas elétricos, apenas porque em uma emergência os Sistemas Fotoluminescentes funcionam sempre! O exemplo mais conhecido foi o 11 de Setembro, quando várias pessoas só conseguiram sair pelas escadas devido às marcações fotoluminescentes que as guiaram em segurança (todos os sistemas elétricos tinham deixado de funcionar).

Se viajar em uma balsa, navio de cruzeiro, avião, metrô ou transitar por muitos túneis rodoviários, encontrará instalados Sistemas Fotoluminescentes de sinalização de percursos de abandono. O fato lamentável é que, na maioria dos casos, estes sistemas só foram instalados posteriormente como resultado de uma catástrofe. Alguns exemplos são: o acidente da balsa 'Herald of Free Enterprise', a explosão da plataforma petrolífera Piper Alpha, o desastre do navio de cruzeiro Scandinavian Star, os incêndios do Swiss Tunnel, o atentado no World Trade Center de Nova Iorque, em 11 de Setembro, etc. Existe uma longa lista destes tipos de acidentes que levaram à introdução de Sistemas de Sinalização de Segurança Fotoluminescentes nos regulamentos de segurança e à sua instalação com sucesso.

Em 1945, quando os americanos lançaram as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, toda a área foi devastada. No entanto, as pessoas tinham de ser capazes de se deslocar, apesar do caos que permaneceu. O fundador da Nemoto & Co. Japão, Kenzo Nemoto, começou a fabricar tintas fotoluminescentes para ajudar as pessoas a encontrar o seu caminho na sequência da devastação. Atualmente, como líder mundial na produção de pigmentos fotoluminescentes, as principais aplicações continuam sendo o abandono de emergência. Poderia considerar que em outras zonas de guerra - atualmente, pensando na Ucrânia, infelizmente, poderia haver agora, um caso para aplicações semelhantes.

Longe das zonas de guerra, mas como resultado direto, em um nível prático (é provável que a energia seja racionada no futuro devido ao aumento dos custos), certamente deve fazer sentido considerarmos aplicações simples em casa para material fotoluminescente em caso de apagões, e não apenas para abandono de emergência? As aplicações poderiam incluir:

  • Marcação de lanternas/telefones móveis
  • Marcação de portas/degraus
  • Marcação de puxadores/fechaduras/chaves
  • Marcação de óculos/aparelhos auditivos
  • Marcação de Nebulizadores/ porta-comprimidos
  • Marcação em casacos de segurança (além de refletores)
  • Marcações para quaisquer tipos de perigo (por exemplo, obstáculos, riscos de tropeçamento)

Quando temos a experiência de um grave apagão pela primeira vez, percebemos como é difícil caminhar no escuro, especialmente se houver também a presença de fumaça em decorrência de um incêndio ou atmosfera de poeiras decorrente de um edifício colapsado (terramoto, bombardeamentos, etc.).

Em 2003 foi realizado um estudo interessante pela Universidade de Ilmenau na Alemanha onde os Sistemas Fotoluminescentes foram comparados com os sistemas elétricos de abandono em condições de fumaça (típico de uma situação de emergência). O estudo concluiu que as linhas contínuas de luz ambiente fraca instaladas ao nível inferior (aproximadamente 1m acima do nível do chão típico de um Sistema Fotoluminescente), foram consideradas muito mais eficazes como sistema de marcação de percursos de abandono do que as fontes elétricas de alta luminosidade instaladas ao nível superior. A razão é que as luzes brilhantes são dispersas pela fumaça e podem causar desorientação enquanto os Sistemas Fotoluminescentes abaixo da camada de fumaça oferecem uma via contínua de abandono.

Por uma perspectiva ambiental, tanto as luzes LED comuns quanto os Sistemas Fotoluminescentes requerem pigmentos especiais e muita energia para produzir. A grande diferença é que se utilizar um Sistema Fotoluminescente de alta qualidade, este não tem fim de vida. Enquanto houver uma fonte de luz UV, os Sistemas Fotoluminescentes funcionarão sempre que houver um apagão súbito e todos nós deveremos estar mais preparados para isso no futuro.

NOTAS:

Os pigmentos LumiNova® foram inventados pela Nemoto & Co, Japão, em 1993. Estes pigmentos não são radioativos e são ativados por fontes de luz UV. A energia é armazenada e reemitida durante muitas horas como uma luz visível amarela/verde - assim mais discernível ao olho humano e apropriada para a segurança.

Os Sistemas Fotoluminescentes contendo LumiNova® já estão amplamente instalados em navios, automóveis, aviões, túneis e edifícios públicos onde, em alguns casos, substituíram totalmente os sistemas elétricos.

G.B.C. (Speciality Chemicals) Limited é a empresa europeia de marketing da Nemoto & Co., Japão sendo a Nemoto sua acionista.

As fotografias são cortesia da Nemoto & Co, Japão.

Referências:

www.tu-ilmenau.de/fileadmin/Bereiche/MB/lichttechnik/Literatur/2003/BieskeInterLumen2003.pdf

www.thepspa.com

www.luminova.co.uk



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