O Crea-GO trabalha diariamente para coibir o exercício ilegal nas Engenharias, Agronomia e Geociências. 
Pensando nisso, está sendo utilizado o Sistema de Informação Geográfica (SIG) para acompanhar lavouras, barragens e demais empreendimentos em áreas afastadas, com uso de imagens de satélite colhidas a cada 15 dias. O aplicativo, especialmente desenvolvido para o CREA-GO, emite alertas com marcações das áreas que apresentam ausência de Anotações de Responsabilidade Técnica e em breve serão alertadas as culturas divergentes entre o declarado e o que está sendo realmente plantado.

O gestor da área de Fiscalização do Crea-GO, Engenheiro Jeorge Frances, explica que a avançada tecnologia dá suporte ao trabalho dos fiscais. “Estão sendo monitoradas, inicialmente, culturas de soja e milho e, em breve, de algodão. Todas culturas, que não sejam de subsistência, devem ter um profissional técnico, habilitado e registrado no Conselho, para prestar assistência no preparo da terra, plantio, desenvolvimento, colheita, bem como o dimensionamento do uso de adubos e defensivos agrícolas”.

Para o início do projeto foram selecionados quatro municípios: Rio Verde, Itumbiara, Vianópolis e Uruaçu. Já no mês de julho/2023, foram realizadas, nestes municípios, 290 fiscalizações. “O objetivo é aperfeiçoar o trabalho da fiscalização, ampliar a proteção da produção de alimentos que vão para a mesa da sociedade e dar respaldo aos profissionais do Sistema, com novos campos de trabalho. O investimento no software da empresa IMAGEM, formalização de Termos de Cooperação Técnica com Polícia Federal e com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vem para melhorar uma demanda antiga dos fiscais com relação à dificuldade para acessar, apenas presencialmente, áreas mais distantes”, ressaltou o presidente do Crea-GO, eng. civ. agric. seg. trab. Lamartine Moreira.

Após meses de testes, a equipe de fiscalização implantou efetivamente a ferramenta, monitorando, inclusive, áreas irrigadas e barragens. “O potencial é imenso, permitindo fiscalizar, por exemplo, fazendas de energia solar, obras rurais e até colaborar com outros órgãos fiscalizadores, a exemplo de identificar vazios sanitários, objeto de proteção da Agrodefesa. A intenção é aumentar as áreas de interesse da fiscalização do Conselho, com foco na fiscalização educativa, preventiva e, quando necessário, à atuação de pessoas que insistem em produzir alimentos sem os cuidados técnicos devidos. Isto é proteger a sociedade.”, afirmou Frances. 

Assessoria de Imprensa do Crea-GO.