O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), por meio da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (Codesu), realizou uma mesa redonda sobre a Qualidade do Ar Interno. O debate, mediado pela assessora de Sustentabilidade do Crea-GO, Wanessa Rocha, foi realizado na noite desta quinta-feira (21), de forma on-line, pela plataforma Zoom. "Sabemos o quanto a qualidade do ar afeta a saúde dos seres humanos e também o quanto nossos profissionais têm ligação direta com este tema. Por isso, temos investido nestas capacitações" informou o presidente do Crea-GO, engenheiro Lamartine Moreira. 

A mediadora salientou a importância e objetivo da discussão. “Com esse diálogo, essa troca de ideias, queremos trazer mais informações  sobre a qualidade do ar. O que está sendo discutido? O que temos de perspectiva futura? Qual a interferência disso na saúde dos colaboradores? Também queremos abordar a atuação dos profissionais que compõem nosso Sistema na busca por melhorias desse cenário”.

O evento contou com a presença dos integrantes do Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno (PNQAI), Leonardo Cozac e Osny do Amaral Filho. “É um tema que ficou muito pujante durante a pandemia, que vem crescendo muito e é um caminho sem volta, pois cada vez mais temos que tratar o ar interno para evitar que as pessoas adoeçam”, destacou o conselheiro do Crea-GO e engenheiro mecânico Rodrigo Lourenço. 

Segundo Osny do Amaral, além do PNQAI, o Confea criou uma comissão temática para discutir o tema. “Nosso objetivo é levar o tema qualidade do ar interior ao conhecimento das pessoas. Nós estamos levando, especificamente para a engenharia, preparando nossos engenheiros para que eles conheçam essa temática e consigam trabalhar essa pauta dentro de seus projetos e dentro de suas vidas profissionais”, explicou Amaral. 

De acordo com Osny, a qualidade do ar interno consiste em retirar o ar degradado de dentro das salas de trabalho. “A qualidade do ar interior significa a renovação do ar. As salas fechadas, sem renovação do ar, ficam degradando esse ar continuamente ao longo do tempo. Cada vez mais satura o CO2 reduz o teor de oxigênio. Outros gases vão se acumulando na sala e a gente acaba respirando um ar de pouca qualidade. Isso traz uma série de consequências físicas. Além disso, não podemos nos esquecer que as doenças respiratórias são transmitidas pelo ar”, orientou o engenheiro. 

O Crea Goiás é signatário do PNQAI, que também está ligado diretamente a 3 objetivos sustentáveis. O ODS 3 (Boa Saúde e Bem-Estar), ODS 8 (Emprego Digno e Crescimento Econômico) e ODS 17 (Parcerias em Prol das Metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável). “A sociedade aprendeu a cuidar dos alimentos, da água que consome nos séculos passados e agora está aprendendo a cuidar do ar que respira”, afirmou Leonardo Cozac. 

Durante a palestra, o profissional explicou que a tecnologia tem sido uma grande aliada pela melhoria da qualidade do ar. “Existem sistemas de monitoramento, fotocatálise, que traz biossegurança e controla a presença de microrganismos no ambiente.  Também purificadores de ar portáteis que podem ser usados em casa e no trabalho”, enumerou Cozac. 

A boa qualidade do ar interno não depende apenas da adoção de medidas tecnológicas, mas de um plano de gestão, que monitora, quantifica e planeja ações de melhoria. Dessa maneira, é possível correlacionar o tema com a saúde ocupacional. 

“A preocupação não deve ser apenas com o ar condicionado, mas com controle de pragas, material usado na reforma do prédio, revestimento, cola e outros produtos que impactam na qualidade do ar precisam ser monitorados”, concluiu Leonardo. 

Para ter mais informações, a mesa redonda sobre a qualidade do ar interno está disponível na íntegra em nosso canal do Youtube.