Além de sua sede, em Goiânia, o Crea-GO possui inspetorias regionais que visam aumentar o alcance da Autarquia em relação aos profissionais residentes no interior do Estado de Goiás. Quando o presidente Francisco Almeida assumiu a gestão do Crea em 2015, existiam 47 inspetorias que tinham foco no atendimento e prestação de serviços. Naquele mesmo ano, com base em um déficit financeiro de quase R$ 2 milhões em relação às inspetorias, o Crea-GO decidiu por desativar 19 escritórios regionais.

A decisão levou em conta a lei de responsabilidade fiscal, a relação custo-benefício da infraestrutura das inspetorias, que considerou a análise da quantidade de processos/documentos protocolados, baixa procura por atendimento nas unidades (em média um atendimento presencial por dia), quantidade de profissionais nas respectivas cidades e jurisdições, além da receita e despesas nos exercícios de 2013, 2014 e nos cincos primeiros meses de 2015.

Assim, com base em decisão da Diretoria do Crea-GO, aprovada em Plenário, as inspetorias do Conselho localizadas nas cidades de Acreúna, Alto Paraíso de Goiás, Bom Jesus, Caçu, Chapadão do Céu, Crixás, Inhumas, Itaberaí, Itapaci, Jaraguá, Jussara, Mozarlândia, Niquelândia, Piracanjuba, Posse, São Luís de Montes Belos, São Miguel do Araguaia, Silvânia e Valparaíso de Goiás foram desativadas em 23 de novembro de 2015.

A economia gerada pela desativação das inspetorias, cujas cidades anteriormente atendidas passaram a fazer parte da jurisdição dos escritórios remanescentes, permitiu que o Crea-GO investisse em tecnologia que garante o atendimento e a prestação de serviços pela internet. Com as medidas, o Conselho continuou a prestar serviços de qualidade e com total comodidade a todos os profissionais goianos, e alterou a função das 28 inspetorias restantes, transformando-as em Casas da Engenharia.

Casas da Engenharia

Também iniciado em 2015, pelo presidente Francisco Almeida, o projeto Casa da Engenharia visa estabelecer uma nova padronização para as atividades do Crea-GO. A proposta permite que a Autarquia seja facilmente reconhecida pela comunidade, que a identidade do Conselho seja fortalecida nos municípios e que a Casa da Engenharia se torne um espaço de integração entre a comunidade tecnológica e a população local.

“Demos continuidade ao projeto de consolidação dos escritórios regionais que, na época, funcionavam apenas como um ponto de atendimento presencial para os profissionais de diversas regiões. Mantivemos as inspetorias com a mesma fachada, só trocamos o nome para Casa da Engenharia”, ressalta o presidente do Crea-GO.

Com o projeto, o Crea cria ambientes – com auditório e área de convivência devidamente preparados – que ficam à disposição das comunidades municipais e onde podem ser realizadas discussões e apresentadas soluções para o desenvolvimento sustentável das cidades. “Adequamos a estrutura física das Casas da Engenharia para receber a população civil e organizada. Com a disponibilização dos serviços online, adotamos o trabalho remoto e o atendimento via chat, que se tornou o melhor do Sistema Confea/Crea. Cerca de 50% dos nossos usuários avaliam o atendimento do Crea com 95%  a 100% de aprovação”, comenta Francisco Almeida.

“Considerando que os serviços do Crea podem ser prestados virtualmente a profissionais de todos os 246 municípios goianos, as inspetorias, no novo formato, têm suas instalações a serviço da sociedade e dos profissionais das cidades, para que realizem reuniões, cursos e eventos de interesse dos municípios”, destaca o presidente.

Para Francisco, é função dos profissionais do Sistema Confea/Crea propor soluções para os problemas que envolvem as Engenharias, a Agronomia e as Geociências. “Não existe desenvolvimento sustentável sem a ação dos nossos profissionais, então temos a obrigação de ajudar nas discussões dessas questões, propondo soluções que ajudem no ordenamento dos municípios e de todo o Estado de Goiás”, frisa.