Eng. Civil Antonio de Padua Teixeira
Publicado: 21/01/2018 - Fonte:O Popular publicou em dezembro extensa matéria sobre o transporte ferroviário, na qual abordou a comunicação, pela VLi, da “descontinuação” do transporte de contêineres que vinha sendo feito a partir do Porto Seco de Anápolis, decidida unilateralmente pela empresa de transporte ferroviário. Na semana seguinte outra matéria informou sobre reunião que aconteceu na ANTT, com a participação da Senadora Lúcia Vânia e de dirigentes da empresa de Anápolis, que foram a Brasília discutir a decisão e solicitar providências para regularizar a situação.
A Embrapa Gestão Territorial divulgou no mês passado informações sobre estudo em andamento que trata da “macrologística da exportação de grãos”, no qual analisa a produção e exportação dos produtos da cadeia do milho e da soja. Foi feita uma apresentação prévia para o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e anunciado que ele deverá estar concluído até março.
Nele o Brasil foi dividido em nove corredores de transporte: Norte Ocidental, Norte Central, Norte Oriental, Nordeste, Centro Leste, Centro Sudeste, Sul e Extremo Sul. O trabalho, desenvolvido a partir de informações dos vários órgãos e entidades que detêm informações sobre o agronegócio, propõe ao final a execução de algumas obras em ferrovias, rodovias e portos que modificariam os corredores para exportação.
Feitos os investimentos apontados, os portos do Arco Norte, que em 2015 responderam por 18,5% dos quase 100 milhões de toneladas exportadas, passariam a ter a capacidade de embarcar 40% do total de uma previsão otimista de exportação de 182 milhões de toneladas em 2025. Dois mapas são apresentados no estudo, um com a situação atual e o outro com as modificações na abrangência dos corredores. É interessante notar que a modificação mais relevante acontece na área de influência dos corredores em Goiás. A região do estado que hoje faz parte do Corredor Centro Leste, com embarques em Anápolis, passaria a ficar na área de abrangência da Ferrovia Norte-Sul e fazer parte do Corredor Norte Oriental com saída pelo Porto de Itaqui, no Maranhão.
Pode ser só uma coincidência, mas pode ser também que a “descontinuação” do transporte de contêineres seja o primeiro sinal da mudança proposta, retirando Anápolis do Corredor Centro Leste e deixando que Goiás se resolva com a Norte-Sul, ainda uma promessa muito distante da realidade.
Eng. Civil Antonio de Padua Teixeira
Assessor Técnico do Crea-GO
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