Eng. Civil Antonio de Padua Teixeira
Publicado: 19/02/2019 - Fonte:Os eleitos tomaram posse, houve renovação geral, tudo mudou. Esta é a esperança de todos, mas há muito por fazer em relação a alguns assuntos já abordados neste espaço, outros pela imprensa em geral e ainda outros que ninguém discute. Apesar do avanço tecnológico, do crescimento da riqueza mundial ainda muito mal distribuída, a falta de políticas públicas, a falta de espírito público das lideranças nos mantêm aqui eternamente suspirando, gemendo e chorando nesse vale de lágrimas. O atraso persiste.
Mariana e Brumadinho não foram desastres naturais. Foram o resultado do descaso que não leva em conta os recursos desperdiçados, as agressões ao meio ambiente e as vidas irrecuperáveis. Isto não tem preço, não é levado em conta no custo da tonelada de minério exportado. O atraso sempre financiou a política, garantindo a proteção dos seus interesses e privilégios. Ele está presente também no transporte ferroviário, quase todo operado por mineradoras, com 80 por cento da sua capacidade utilizada para o transporte de minério. Ao contrário do que acontece nos países desenvolvidos, não há trens de alta velocidade no Brasil e o transporte de passageiros foi abolido em sua quase totalidade.
Há anos se discute o problema do entulho depositado clandestinamente (ao alcance dos poderes públicos) nas ruas, em lotes vagos, em cavas de pedreiras e áreas de preservação permanente. O tratamento de esgoto no Brasil apresenta índices inferiores ao Iraque, Peru e Bolívia. Cidades brasileiras ainda têm esgoto correndo a céu aberto, demonstrando nosso atraso em relação ao cuidado com a saúde pública. Falta dinheiro? Não é verdade, como demonstram os bilhões jogados fora em obras sem planejamento, mal executadas e paralisadas, um desperdício de recursos que não cabe em um país tão carente.
Outro dia comentamos aqui o custo astronômico da limpeza da Assembleia. As instalações atuais ocupam uma área de 9 mil metros quadrados. A nova sede terá 44 mil metros quadrados. Quanto vai custar a limpeza? A imprensa tem registrado também o despropósito da quantidade de funcionários. É muito atraso não perceber que Goiás não pode se dar a este luxo, a este esbanjamento. Basta comparar com as reclamações dos prefeitos, de repente sem as verbas de contratos em andamento, com obras iniciadas e agora sem previsão de sua conclusão.
O espaço é curto para comentar a quantidade de áreas que necessitam de investimento e aguardam que os ocupantes do Executivo e do Legislativo tenham uma nova visão das necessidades, abandonando essas discussões intermináveis e improdutivas, distantes do interesse público, que precedem a falta de providências. Do contrário estarão apenas dando vida nova ao atraso.
Eng. Civil Antonio de Padua Teixeira
Assessor Técnico do Crea-GO
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