Eng. Agr. Ariston Alves Afonso
Publicado: 28/03/2022 - Fonte:A alimentação é uma necessidade básica de todos os seres vivos. Se nos primórdios da nossa existência, os alimentos eram encontrados na natureza e sem qualquer aditivo, hoje em dia não é bem assim. A produção e a origem dos alimentos saíram de nosso controle e chegam até nós sem que conheçamos sua procedência e nem sempre temos como avaliar sua qualidade.
Um dos itens necessários à nossa dieta são os vegetais consumidos “in natura”, que não raramente, são alvos de noticiários, que nos alertam sobre possíveis contaminações oriundas de diversas fontes. Assim, sempre os consumimos com um pé atrás. Mas, surgiu uma possibilidade de termos mais controle sobre a qualidade daquilo que consumimos. Trata-se da produção de “microverdes”.
Microverdes são hortaliças em fase jovem que são colhidas e consumidas como saladas logo depois de seu nascimento. Na verdade, são plantas que acabaram de germinar e podem ser colhidas entre uma a três semanas, dependendo da espécie.
Produzir microverdes é uma prática bastante simples e está ao alcance de todos aqueles que buscam alimentos mais saudáveis e um bom passatempo. No fundo, é uma terapia que alimenta. Ela requer pouco espaço e é muito fácil de executar, e pode ser feita com a adaptação de muitos materiais já existentes em casa, como bandejas de isopor.
As sementes são abrigadas sobre substratos umedecidos e as espécies são comuns as de hortaliças, facilmente encontradas nas casas especializadas. Na maioria, dispensa-se até o uso de fertilizantes, mas se necessário, pode ser feita uma solução nutritiva e com ela, umedecer o substrato.
Em um curto intervalo de tempo, tem-se as colheitas de vegetais livres de pragas, doenças e contaminantes carreados pela água, como os coliformes fecais ou aqueles que são aplicados sobre as plantas, como os agrotóxicos. Além da facilidade de se produzir com essa técnica, produzem-se saladas com valor nutritivo até 40% maior que as oriundas de plantas adultas.
O espaço necessário é mínimo. Qualquer canto da casa ou apartamento, desde que bem iluminado pelo sol, ou mesmo por luz artificial adequada, pode ser aproveitado, e além de momentos de lazer, tem-se saladas de alta qualidade para complementar sua alimentação.
O procedimento para execução é simples como a utilização de uma bandeja de plástico ou isopor com profundidade de aproximadamente cinco centímetros. Fura-se o fundo para drenar o excedente de água da irrigação, preenchê-la com uma camada de substrato com aproximadamente três centímetros, cobrir o substrato com um papel toalha e aplicar as sementes sobre ele, fazendo-se a irrigação diariamente.
Em poucos dias poderão ser feitas as colheitas cortando-se as partes aéreas das plantas e, sempre que se fizer uma colheita, faz-se um novo plantio, para se ter um ciclo contínuo de produção. A quantidade a ser produzida depende do espaço disponível e do consumo.
Poderão ser plantadas várias espécies, como rúcula, alface, beterraba, almeirão, repolho, cebolinha, couve, agrião, chicória, etc.
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