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Serviços ambientais e projetos carbono ofsset são apresentados no Contecc

Com a sustentabilidade em mente, a Ilha Contecc recebe minicursos com propostas para neutralização das emissões de carbono

Publicado: 05/10/2022 - Fonte: Equipe de Comunicação da 77ª Soea


Eng. Ftal. Eraldo Aparecido Trondoli Matricardi se apresentou na ilha Contecc


Na tarde desta terça-feira, 4, a coordenadora da Comissão Temática do Congresso Técnico-Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc), eng. agr. Andréa Brondani, fez a abertura do minicurso “Pagamento por serviços ambientais e cálculo de pegadas de carbono no setor agroflorestal”, que integra a programação do espaço Ilha Contecc. O Congresso acontece em paralelo à 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), realizada em Goiânia, entre os dias 4 e 6 de outubro.

Para contextualizar o crescimento e aprimoramento dos serviços ambientais entregues por profissionais de áreas da Engenharia, o eng. ftal. Eraldo Aparecido Trondoli Matricardi, mestre e doutor em Geografia, iniciou sua apresentação abordando questões relacionadas ao efeito estufa.

“Estamos acostumados a ver publicações técnicas, matérias jornalísticas e discussões sobre o efeito estufa. Alguns profissionais contestam. Compreendo que é uma forma de aquecimento natural da terra, provocado pelos gases da atmosfera de que precisamos para ter o planeta habitável”.

No entanto, o aumento significativo na emissão desses gases preocupa ao trazer impactos aos ecossistemas terrestres e aquáticos. Com dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Matricardi apresentou que somente o CO2 atmosférico aumentou 35% desde 1750 e sua taxa anual de concentração foi maior nos últimos anos (2010 a 2020). O Brasil se encontra na sexta posição na emissão de gases, 3,2% das emissões globais, sendo os principais responsáveis por esses números a agricultura e a agropecuária.

Entre as consequências do efeito estufa em desequilíbrio está o aumento da temperatura da superfície global. Este panorama preocupa e será discutido na Conferência Climática, COP 27, que será realizada em novembro deste ano, no Egito, conforme adiantou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em recente fala. Ele prospecta que será preciso assumir compromissos que possibilitem a redução de 45% das emissões até 2030.

Neste cenário, Matricardi acompanha o crescimento dos serviços para atender a necessidade de uma clientela ambiental. “Muita gente já está se beneficiando da redução das emissões da agricultura, com ações como a rotação do cultivo e a integração da agricultura e pecuária”.

Os serviços ambientais são atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, recuperação ou a melhoria dos serviços ecossistêmicos. A lei nº 14.119/2021 institui a Política de Pagamento por Serviços Ambientais e o Cadastro Nacional de Pagamento por Serviços e prevê o PSA, o mercado de carbono, o ICSM ecológico, entre outros, com base nas regulamentações internacionais e de mercado, tendo como ponto sensível a questão da soberania nacional.

O profissional apresentou em sua fala o que considera características importantes do serviço ambiental. “É preciso ser quantificável, demonstrando sua atividade ao cliente, validado e certificado, com instrumentos de monitoramento claros e bem definidos, além de oferecer garantias e segurança da continuidade dos serviços em médio e longo prazo”.

Neutralização das Emissões de Carbono

Um carbono offset se refere, de forma ampla, a redução em emissões de gases do efeito estufa ou um aumento em estoque de carbono, que é usado para compensar emissões que ocorrem em algum lugar. Os tipos de projetos dessa área podem ser: manejo florestal melhorado ou aperfeiçoado, projetos para evitar conversão e REDD (Redução de Emissão de Desmatamento e Degradação.

Em síntese, Matricardi apresentou o processo de Certificação de Créditos de carbono, destacando a quantificação, compensação, auditoria, revisão externa, certificação e venda. Sobre o mercado de carbono offsets, ele destacou: “há previsão de crescimento entre 20 e 200 vezes o mercado de neutralização de carbono na próxima década”.

 



Equipe de Comunicação da 77ª Soea
Fotos: Juliana Nogueira Fotografia/ Murilo Lima 



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2.png Congresso Técnico-Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc) acontece em paralelo à 77ª Soea
3.png Matricardi prevê o crescimento do mercado carbono offsets entre 20 e 200 vezes na próxima década