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“Se o grileiro vem, Pedra vai – Entraves da regularização fundiária no território kalunga”

O livro faz parte das ações do programa de patrocínio do Crea-GO

Publicado: 14/12/2022 - Fonte: Assessoria de Imprensa




Um jovem de cor branca, técnico em edificações e antropólogo e Assessor e pesquisador vinculado a Associação Quilombo Kalunga. Esse é Francisco Sousa, apesar da pouca idade resolveu se aventurar na Fazenda Bonito, nas terras dos Kalungas, no nordeste Goiano para contar a realidade do processo de grilagem no território do Sítio Histórico. No inicio era só um trabalho de conclusão de curso, mas a história teve desdobramentos e a oportunidade agora está registrada no livro “Se o Grileiro Vem, Pedra Vai – Entraves da regularização fundiária no território Kalunga”.

“Estou maravilhado em viver as consequências do meu trabalho! O meu objetivo foi narrar com precisão todo o caminho que percorri, descrevendo com minúcia os indícios de grilagem encontrados nos processos analisados, as incursões a campo e as horas de entrevistas”, contou o antropólogo Francisco.

O livro faz parte da série de ações patrocinadas pelo Programa de Patrocínio do Crea-GO. “Durante o ano de 2022 foram disponibilizados dois editais de patrocínio que somaram R$ 600 mil reais em benefícios para cobrir custas de eventos, cursos e publicações realizadas, em Goiás, relacionados a temas inerentes às engenharias, agronomia e geociências”, destacou a assessora de Políticas Públicas do Crea-GO, Ana Renata Litfalla.

O lançamento do livro, realizado no Museu Antropológico da UFG, neste mês de dezembro marca o último mês do Programa de Patrocínio do Conselho de 2022. Mas, já há uma previsão para 2023. “No ano que vem muito trabalho nos aguarda. Temos uma perspectiva de publicação de um edital de concessão de patrocínio que pode chegar até R$ 600 mil reais. Os interessados já podem estudar os editais lançados em 2022 para se prepararem com toda a documentação necessária para pleitear a sua vaga”.

A Fazenda Bonito é composta por cerca de 38 mil hectares, na região nordeste de Goiás, localizada dentro do Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga. Uma área com preservação da cultura dos kalungas e do cerrado, com chapadas, cachoeiras e nascentes, o que atrai turistas de várias regiões. A pesquisa realizada por Francisco serve como ferramenta para garantir que toda a fazenda seja reconhecida como patrimônio da comunidade Kalunga por órgãos da justiça.

O livro conta com uma apresentação, uma introdução, cinco capítulos, um epílogo e um caderno de anexos. Na introdução está descrita a motivação da pesquisa e os pressupostos iniciais; no primeiro capítulo, o que é grilagem de terras; no segundo, as possibilidades de análise a partir da antropologia; no terceiro, a apresentação do caso estudado; no quarto, as personagens dessa história; no quinto, os desdobramentos e as formas de resistência. O epílogo é dedicado a um momento posterior à escrita da monografia, uma qualificação informal do texto, adiantando críticas e debatendo o antirracismo dentro e fora da academia.

Em 2022, a pesquisa de Francisco recebeu o Prêmio Anísio Teixeira, na categoria Igualdade, diversidade e não discriminação da Secretaria de Direitos Humanos da Universidade de Brasília. E, também recebeu Menção Honrosa no X Prêmio de Antropologia e Direitos Humanos na 33° Reunião Brasileira de Antropologia.

Assim como o trabalho do Francisco outros também podem participar da concorrência de seleção pública de projetos. Qualquer entidade (Pessoa Júrídica), do estado de Goiás, sem fins lucrativos pode pleitear o patrocínio (Institutos, ONGs, Associações, Cooperativas, Sindicatos, Instituições de Ensino, Fundações, Empresa Júnior), que tenha conta bancária e certidões negativas regularizadas podem. Não é necessário ter vínculo com o Crea-GO.

Gracielly Oliveira
Assessoria de Imprensa do Crea-GO



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