Os resíduos das construções geram preocupação nos gestores municipais e na população em geral. O “entulho” gerado diariamente e muitas vezes descartado em locais inadequadas como lotes baldios, canteiros de avenidas e áreas de preservação ambiental causam prejuízos à comunidade e ao meio ambiente.

O Crea-GO está permanentemente em discussão com entidades públicas e privadas a fim de encontrar solução para a reciclagem dos Resíduos da Construção Civil (RCC) e destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. Na última sexta-feira, 27, o assessor de Assuntos Governamentais do Crea-GO, Antônio de Pádua Teixeira e o assessor de Instituições de Ensino e ao Jovem Profissional, Roberto  Viana Filho, visitaram o diretor da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP), Josimar Pires para conhecer o atual estágio da fabricação de artefatos de concreto pelos reeducandos em unidades geridas pela DGAP.

“Dessa primeira conversa podem sair bons frutos para a sociedade em geral. Hoje é grande a quantidade de resíduos gerados, principalmente pelas pequenas obras e reformas que não têm o destino adequado segundo a legislação. E poder auxiliar no desenvolvimento de um trabalho de reciclagem desses resíduos é um passo à frente que trará benefícios para o meio ambiente, a engenharia e para a população”, destacou o assessor Antônio de Pádua.

Segundo o Relatório de Pesquisa sobre o Diagnóstico dos Resíduos Sólidos da Construção Civil publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2012, os Resíduos da Construção Civil (RCC) representam um grave problema em muitas cidades brasileiras. Por um lado, a disposição irregular destes resíduos pode gerar problemas de ordem estética, ambiental e de saúde pública. Por outro lado, eles representam um problema que sobrecarrega os sistemas de limpeza pública municipais, visto que, no Brasil, os RCC podem representar de 50% a 70% da massa dos resíduos sólidos urbanos (RSUs).

A DGAP tem a intenção de construir usinas de reaproveitamento de resíduos da construção civil dentro de unidades de Goiás. “Já temos, em várias unidades prisionais, fábricas de artefatos de concreto. Poderíamos ampliar essas fábricas e, junto, instalar as usinas de reaproveitamento. Esses materiais poderão ser aproveitados em diversas obras públicas, como na fabricação de blocos e na execução de concreto não estrutural utilizado em calçadas e meio-fios”, afirma o diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires.

O assessor do Conselho Goiano, Roberto Viana afirma que o Crea-GO tem a intenção de intensificar as tratativas para tornar o projeto uma realidade. “Nesse primeiro contato nós conhecemos os projetos que já estão em prática e colocamos todo o corpo técnico experiente do Conselho para contribuir com a equipe de engenharia da DGAP. É um projeto que tem tudo para dar certo!”, encerrou Roberto.

Gracielly Oliveira
Assessoria de Comunicação do Crea-GO