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A Importância do Saneamento Básico para a Saúde Pública e o Meio Ambiente

Palestra realizada na Casa da Engenharia de Rio Verde ressalta a importância de entender como funciona o sistema para usufruir sem destruir

Publicado: 24/08/2023 - Fonte: Codesu




A definição no papel sobre saneamento básico é bem definida. Mas, na prática, qual é a realidade em seu bairro? Você sabe que suas atitudes diárias podem  ajudar a preservar os recursos naturais?

Com o objetivo de apresentar a importância de uma infraestrutura adequada de saneamento para a saúde pública e o meio ambiente, a Comissão de Desenvolvimento Sustentável (Codesu) realizou a palestra O Básico do Saneamento – Sustentabilidade e Universalização, ministrada na Casa da Engenharia de Rio Verde-Go, nesta terça-feira (22). A engenheira civil e técnica em saneamento, com 30 anos de atuação no setor de saneamento, regulação de serviços públicos, ESG e sustentabilidade, Juliana Matos foi a palestrante da noite e ressaltou a necessidade de mudança de cultura de toda a sociedade para impactar a realidade.

“As pessoas precisam entender como funciona o sistema de saneamento para usufruir sem destruir. A retirada de água desenfreada dos mananciais, principalmente na seca, é extremamente prejudicial. Existem estudos que comprovam que 50 litros de água tratada por dia é o que uma pessoa precisa para executar suas necessidades diárias. Mas, falta educação e consciência para que isso aconteça”, observou Juliana.

No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços e infraestrutura de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejos de resíduos sólidos até sua destinação final, e serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.

O saneamento básico é dividido em 4 eixos:

EIXOS 

DEFINIÇÃO

ESTATÍSTICAS NO BRASIL

 

Abastecimento de água

Fornecimento à população de água potável com quantidade e qualidade compatíveis e suficientes para o atendimento de suas necessidades diárias.

84,2% dos brasileiros têm acesso à água tratada. (Fonte: SNIS 2021)

 

 

 

Resíduos sólidos

Os Resíduos Sólidos Urbanos, vulgarmente denominados por lixo urbano, são resultantes das atividades doméstica e comercial das populações. Esses resíduos podem ser classificados das seguintes maneiras:
Matéria orgânica: Restos de comida;
- Papel e papelão: Jornais, revistas, caixas e embalagens;
- Plásticos: Garrafas, garrafões, frascos, embalagens, boiões, etc;
- Vidro: Garrafas, frascos, copos, etc;
- Metais: Latas;
- Outros: Roupas, óleos de cozinha e óleos de motor, resíduos informáticos etc.

Cada brasileiro produz 1,1Kg de lixo por dia e só 12% de todo esse lixo é reciclado. Apenas 8% das cidades brasileiras têm coleta seletiva
(Fonte: Abrelpe 2021)

 

Esgotamento sanitário

Conjunto de infraestruturas, equipamentos e serviços, nesse caso, com o objetivo de coletar e tratar os esgotos domésticos por meio da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuárias) e com isso evitar a proliferação de doenças e a poluição de corpos hídricos após seu lançamento na natureza.

Quase 100 milhões de brasileiros (44,2%) não tem acesso a coleta de esgoto.
(Fonte: SNIS 2021)

Drenagem urbana

Sistema de manejo projetado para coletar águas provenientes da chuva.

O Brasil teve mais de 130 mil internações em 2021 por doenças de veiculação hídrica.
(Fonte: DataSus 2021)

“A Conferência das Partes (COP) criada pela Organização das Nações Unidas tem o objetivo de reunir líderes de diversos países para conscientizar a humanidade de que os recursos do planeta são finitos e precisamos de freio e mais cuidado com o meio ambiente”, destacou Juliana. O Brasil é comprometido com o alcance das metas dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados até 2030. Para a universalização dos serviços de água e esgoto, a meta é até 2033. “O desafio para cumprir essa meta é grande. O Marco Regulatório trouxe avanços, mas é necessária a criação de políticas públicas de incentivo à produção de energia limpa, desenvolvimento de projetos eficientes para cada região, fiscalização e controle das bacias hídricas e, importantíssimo, o envolvimento da sociedade para que tudo funcione”, encerrou Juliana Matos.

Esse foi o segundo evento que a Codesu realizou em 2023, e outros dois ainda serão realizados até o final do ano. “Falar de sustentabilidade é uma necessidade. Precisamos difundir para todas as áreas da sociedade que podemos produzir e colher sem comprometer. É preciso vislumbrar o tripé da sustentabilidade: socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente  correto, sobretudo atender as metas dos 17 ODS” finalizou André Boerner, membro conselheiro da Codesu. 

Assessoria de Imprensa do Crea-GO.



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