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Especialistas apresentam o Plano Diretor de Drenagem Urbana em evento presencial no Crea-GO

Profissionais revelam estratégias eficientes para evitar inundações em Goiânia

Publicado: 14/11/2023 - Fonte: Coordenadoria de Publicidade e Imprensa do Crea-GO




Todos os anos, no período chuvoso, os goianienses enfrentam uma série de problemas de alagamentos em pontos estratégicos da capital. Visando debater a situação e entender as ações para solucionar o problema, o Crea-GO realizou, na noite desta segunda-feira (13), no Auditório do Conselho, o Seminário de Apresentação do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia (PDDU/GYN). 

O evento gratuito foi idealizado por meio do Grupo de Trabalho de Drenagem Urbana do Crea-GO, em conjunto com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), a Agência de Regulação de Goiânia (AR) e a Universidade Federal de Goiás (UFG). “Sabemos o quanto a sociedade almeja mudanças na cidade com relação à drenagem. Estão aqui reunidos hoje os especialistas na área que podem nos ajudar com a produção do planejamento”, observou a presidente em exercício do Crea-GO, eng. ambiental Wanessa Rocha. 

O coordenador do GT de Drenagem Urbana do Crea-GO, eng. civil Marcus Vinícius Mendes enfatizou a importância de se discutir a temática entre profissionais e a população. “O Grupo de Trabalho do Conselho tem a finalidade de promover o debate de um tema que é tão importante para toda a sociedade. Hoje nós estamos tendo a chance de ter uma aula com especialistas na área de drenagem, mostrando que a ciência aplicada é importante para se chegar em um planejamento otimizado e que, se for seguido, não teremos mais problema de drenagem na capital”. 

O secretário executivo da Seinfra, eng. civil Alexandre Garcês, explicou o que é o Plano Diretor, as etapas a serem seguidas e a estrutura utilizada para a elaboração do documento. A elaboração de um PDDU abrange três vertentes: urbanização consciente, ocupação e uso do solo consciente e drenagem eficiente com metodologias diversas. “Utilizamos dessas ferramentas para sugerir alterações. Hoje nós temos locais que podem não ter mais soluções de drenagem devido à ocupação do solo. Esse é um problema antigo e carregamos um passivo grande. A drenagem é eficiente quando não deixar o meio freático cada vez mais profundo, entre outros problemas, e não só, pensar nas inundações que é o que mais gera problemas para a população”, ressaltou o secretário. 

ENTENDA AS FASES DO PDDU/GYN:

A coordenação do projeto na UFG é do professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA-UFG), eng. civil Klebber Formiga. Ele lidera um grupo de 13 professores e mais 35 bolsistas que estão envolvidos diretamente no projeto. Ao todo, são mais de 60 pessoas. A equipe trabalha no levantamento de toda a área urbana de Goiânia, principalmente dos córregos, abrangendo mais de 400 quilômetros de córregos com levantamento topográfico, de fotogrametria. 

Formiga destacou que a solução do problema de drenagem só é possível com o engajamento da população no geral. “O problema de drenagem não é apenas do poder público, é do indivíduo que impermeabiliza todo o solo das suas casas, faz o descarte de lixo inconsciente que vai entupir as bocas de lobo e bueiros, entre outras ações” afirmou o estudioso. 

Durante a coleta de dados, a equipe esbarrou na dificuldade em analisar e executar os cálculos hidráulicos das redes de microdrenagem da capital, uma vez que os mapas e planilhas estão arquivados na Prefeitura em papel, com sinalizações anotadas à lápis. Então, os profissionais estão, no primeiro momento, realizando a digitalização dos mapas e planilhas para depois partir para ao levantamento em campo das regiões que faltam. “Com as informações digitais será possível realizar análises topológicas e hidráulicas, mostrando a conexão e direção de fluxos e a velocidade do escoamento, além da facilidade de atualização e a segurança dos dados”, observou o tecnólogo em geoprocessamento Hugo José Ribeiro. 

Entre fórmulas matemáticas e imagens de modelagem hidrograma, o eng. civil Raviel Basso explicou a metodologia utilizada para se analisar o tempo e concentração nas bacias hidrográficas em áreas de contribuição e a precipitação do solo, mostrando o volume de chuva, a velocidade do curso da água, o tempo para atingir o pico de cheia e de escoamento. Ele destacou também as bacias caracterizadas no patamar crítico em Goiânia. “A nossa intenção é de apresentar as áreas que sofrem inundações na capital diante do volume de chuva. Diante dos dados coletados, temos áreas críticas como as áreas em torno dos córregos Cascavel, Anicuns, Taquaral e Macambira”. Depois das apresentações, os especialistas responderam às dúvidas dos participantes. 

SOBRE O PDDU

O Plano Diretor de Drenagem Urbana (PDDU) que está  atualmente em vigor na capital é de 2005 e cobre somente 60% da área urbana do município. Os estudos técnicos necessários para a sua atualização estão sendo conduzidos por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) que utilizam conhecimentos científicos e tecnológicos para a elaboração do novo Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia que, após aprovado, terá uma margem de vigência de aproximadamente 20 anos.

Coordenadoria de Imprensa do Crea-GO.



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