O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), em parceria com a Sika Brasil, realizou nesta quarta-feira (21/02),  a palestra “Sistemas Impermeabilizantes, Selantes Acrílico e PU”. O evento realizado no auditório da Autarquia reuniu profissionais e estudantes da área de construção civil. “A falta de impermeabilização afeta além da saúde da edificação, também a saúde das pessoas”, alertou o palestrante  e engenheiro civil Emerson Bispo Santos. 

A impermeabilização é um processo normatizado pela ABNT 9575 e consiste em proteger uma superfície contra líquidos ou vapores. A falta dela pode causar uma série de desgastes na estrutura da edificação. Entre eles, desplacamento em revestimento, mancha, mofo e bolor e danos na estrutura de concreto. Segundo o palestrante, antes de escolher um produto impermeabilizante é preciso levar em conta dois fatores: o tipo de estrutura que o material será aplicado e as características do produto escolhido como impermeabilizante. 

“É preciso escolher um produto adequado ao comportamento da estrutura”, explica Emerson Bispo. Em relação ao tipo de estrutura deve ser observado se é rígida ou flexível. “Já o tipo de produto escolhido há os com matéria- primas com base de asfalto, cimentício e acrílico e poliuretanos. Nesse caso é preciso escolher entre o que lida com pressão negativa ou pressão positiva”, orientou o palestrante. 

Os impermeabilizantes são diversos e podem ser aplicados em inúmeras  áreas da edificação. “Numa edificação há diversos locais que precisam ser impermeabilizados”, lembra Emerson. Entre essas localidades, estão, coberturas,  lajes, pisos, piscinas, alicerces, estruturas, vedação e muros de arrimo. 

De acordo com o engenheiro, o sucesso da impermeabilização depende de uma série de fatores que devem estar sincronizados. “30% depende do produto, 50% da mão de obra e 20% é a preparação de substrato” , explica Bispo. Portanto, segundo o palestrante, o êxito precisa da sincronicidade entre o projeto ou especificação, o uso de produtos normalizados e adequados, mão de obra qualificada somada a fiscalização. 

Como exemplo, Emerson Bispo, apresentou o passo a passo para impermeabilização com manta asfáltica. Segundo ele,  o primeiro passo é a regularização da superfície. “Os cantos, por exemplo, estão em 90 graus. Antes de impermeabilizar é preciso deixar o canto arredondado”, ensina o engenheiro. O segundo passo e os seguintes no processo impermeabilizante consiste na aplicação do primer, seguida da manta asfáltica, camada separadora, proteção mecânica estruturada e o acabamento final. 

Outro ponto abordado na palestra foi o uso de aditivo, que tem a função de fechar os poros do concreto e da argamassa. Apesar de sua função importante, ele não pode ser usado em todas as estruturas. “Se for um local com movimentação, como laje, por exemplo, não adianta usar apenas o aditivo porque se tiver fissura a água vai percolar”, conclui.