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Em parceria inédita, Crea-GO e Defesa Civil se comprometem a fechar acordo de cooperação técnica sobre drenagem urbana

Iniciativa desta gestão quer ampliar as discussões sobre o tema

Publicado: 01/03/2024 - Fonte: Coordenadoria de Publicidade e Imprensa




O Grupo de Drenagem Urbana do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) fechou uma parceria inédita com a Defesa Civil nesta quarta-feira (29/02), para ampliar o diálogo e as ações em torno do planejamento urbano referente às áreas de alagamentos e inundações na Capital.  “A drenagem urbana é uma discussão ampla que não se resolve apenas com obras. Por isso, é preciso unir forças e  trabalharmos juntos”, afirmou o eng. civ. Marcus Mendes, coordenador do grupo. 

O convite para a Defesa Civil ocorreu durante uma visita a alguns pontos de alagamento em Goiânia nesta quarta-feira. A iniciativa foi bem  recebida pelo coordenador geral da Defesa Civil de Goiânia,  Robledo Mendonça. “Estamos felizes com o convite”, afirmou. A entrada dos novos membros no GT do Crea-GO  deve ocorrer no próximo mês de abril, durante a renovação do Grupo de Trabalho, após aprovação em Plenário. 

Dos 99 pontos de alagamentos listados pela Defesa Civil, a Seinfra já fez intervenções importantes em mais de 70. Destes, três foram visitados pelos conselheiros da Autarquia. O primeiro local foi o viaduto da Avenida H, que passa por obras.  A segunda visita contemplou a construção de galerias, também no Jardim Goiás, para minimizar os impactos das chuvas nas imediações. “Toda a região em torno do viaduto foi drenada, aumentada a quantidade de boca de lobo e o volume de água está sendo direcionado por meio de redes para a Marginal Botafogo”, explicou o secretário executivo da Prefeitura da Capital, Alexandre Garcês, que também participa do GT. 

De acordo com a eng. civ. Juliana Matos, que é conselheira do Crea-GO e integra o GT de Drenagem Urbana, a obra da avenida H vai mudar o curso da água, com isso, retarda o aumento do volume no local de maior risco de alagamento. “ Você diminui o volume de água que vai passar por cima daquela rua e esse volume começa a passar por baixo, dentro das redes pluviais”, explica Juliana. Apesar disso, a engenheira alerta que a medida não resolverá o problema 100%. “A população, muitas vezes, acredita que, quando se faz uma obra de drenagem, a rua vai ficar seca. Não é bem assim. Você vai diminuir o fluxo de água naquela região para que se torne um ambiente menos problemático”, afirmou Matos. 

O terceiro local visitado pelos conselheiros foi a ponte da avenida T-9, na altura do Jardim Planalto. O lugar também é um ponto de alagamento conhecido e que oferece risco ao trânsito de veículos em dias de grande volume de chuva. “Temos três viaturas da Defesa Civil e, em dias de alagamento, contamos com o apoio de 90 veículos da Guarda Civil Metropolitana. Elas se posicionam em locais como a T-9 para monitorar e auxiliar a população”, explicou Robledo. 

A falta de drenagem urbana de Goiânia é histórica e comum em boa parte das Capitais brasileiras que cresceram além do planejado. Segundo a eng. civ. Marisa Pignataro, que é especialista no tratamento e disposição de Resíduos Sólidos e Líquidos com vasta experiência no setor de saneamento, há dois fatores que contribuem para esse cenário: a falta de planejamento urbano e as mudanças climáticas. “As chuvas estão mais intensas, com volume maior e são inesperadas. Então, toda a drenagem urbana que foi projetada há muitos anos atrás, baseada numa série histórica de chuvas passadas, precisa ser revista”, alertou Pignataro.  

Na tentativa de minimizar e solucionar pontos de alagamentos e inundações de Goiânia, segundo o coordenador do GT do Crea-GO, Marcus Mendes, está sendo elaborado pelo município em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG),   o Plano de Drenagem Urbana. “Ele deve ficar pronto no ano que vem. Então, a partir do momento que o poder público tem esse planejamento e começa a segui-lo,  a probabilidade de acerto é muito grande”, afirmou Mendes. 

Ainda segundo o coordenador, o problema da drenagem urbana não se resolve apenas com obras de infraestrutura, é preciso um somatório de responsabilidades. “É importante também provocar a comunidade em geral porque ela tem um papel importante no sentido de não jogar entulhos nas ruas, resíduos. Assim como as construtoras têm que ter a consciência de não jogar resíduos nas ruas da sua obra, não lavar carros e betoneiras nas vias públicas porque tudo isso compromete a infraestrutura de drenagem”, conclui Marcus Mendes.





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