O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO)  entregou à Cooper Rama, cooperativa de materiais reciclados em Goiânia, mais de 300 kg de resíduos que poderão ser reciclados e reaproveitados pela empresa como forma de contribuir com a sustentabilidade e incentivar que a população da Capital faça o mesmo. “O material arrecadado é resultado do  processo de organização interna, proveniente da limpeza almoxarifado e armários com baixa no sistema de patrimônio”, explica a assessora de Sustentabilidade da Autarquia, Wanessa Rocha, responsável pela entrega dos produtos nesta quinta-feira (21/03). 

No último dia 06 de março, a equipe de assessores institucionais do Crea-GO também esteve na Cooper Rama para falar sobre sustentabilidade. A visita foi acompanhada por Antônio de Pádua (assessor institucional de Assuntos Governamentais e Regulatórios), Ana Renata (assessora do Crea Jovem) e Roberto Viana (assessor do programa Jovem Engenheiro). Os profissionais estiveram reunidos com a presidente da Cooperativa, Dulce Vale. Na ocasião, a presidente agradeceu a parceria  e disse que espera que outras entidades também participem. “Quando o Crea Goiás abraça essa causa, ele leva para a sociedade a importância que é a reciclagem e a importância de preservar o meio ambiente”, afirma a presidente.

.Segundo a presidente da Cooper Rama, Dulce Vale, cerca de 50% do material que chega à Cooperativa para reciclagem não pode ser reaproveitado porque foi descartado de maneira incorreta. “Nossa maior dificuldade é lidar com os resíduos que são descartados com restos de comida ou embalagens que não são reaproveitadas. Nós perdemos muito tempo separando esses produtos”, explica a presidente. De acordo com Wanessa Rocha, a sustentabilidade é uma responsabilidade de todos os cidadãos. “Cuidar do descarte de lixo, promover a coleta seletiva, cumprir o Plano Nacional de Resíduos Sólidos é uma responsabilidade compartilhada entre o poder público, a iniciativa privada, as entidades de classe e a população. É andando de mãos dadas que construiremos um mundo ambientalmente saudável”, reflete Rocha. 

De acordo com dados divulgados em reportagem recente pelo site da  Sagres, apenas 6% do lixo de Goiânia é reaproveitado. A preocupação com a reciclagem vem dos anos 70, partindo da indústria de plástico, que foi pioneira na utilização de embalagens recicláveis. Esses materiais devem ser descartados de forma limpa e seca, pois sujeiras podem inviabilizar o reaproveitamento dos materiais. 

Um levantamento realizado pela  Waste Management, a maior processadora de reciclagem residencial na América do Norte, diz que, atualmente, um em cada quatro itens em coletas seletivas não é reciclável. Por exemplo, embalagem de iogurte e  cremes para pele. Além disso, “Químicos acrescentados aos polímeros plásticos, produtos feitos de materiais mistos e embalagens de alimentos contaminadas com restos orgânicos deixam a reciclagem difícil e cara”, escreveram os autores do relatório O Estado dos Plásticos, da ONU Meio Ambiente.