Reunião teve a presença do superintendente da Seapa-GO
Publicado: 29/04/2024 - Fonte: Coord. de Publicidade e ImprensaA reunião da Câmara da Agronomia do Crea-GO, realizada nesta segunda-feira (29), com conselheiros que compõem o grupo, recebeu o superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Antônio Asmar, e o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Rilner Alves Flores. Em pauta, os profissionais discutiram a viabilidade conjunta de se propor a criação de uma lei de solos com abrangência estadual. “Se não temos solo preservado, não temos água. Por isso, precisamos de uma legislação para estabelecer parâmetros”, defendeu o coordenador da Câmara de Agronomia, eng. agro. José Reis.
Para compreender melhor o solo e seus agentes degradadores, o professor Rilner Alves, que tem doutorado no assunto e é referência do tema em Goiás, realizou uma apresentação técnica para os conselheiros. Na pequena palestra, o engenheiro agrônomo lembrou que a degradação do solo, além de provocar erosão, compactação, perda de matéria orgânica, salinização, desertificação, entre outros, também impacta diretamente na produtividade agrícola e na produção de alimentos. “O solo é um recurso vital para a manutenção da vida humana na terra”, afirmou o professor.
Estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), revela que 30% dos solos do mundo estão degradados. De acordo com Rilner Flores, a degradação ocorre quando se realiza uma produção sem respeito ao que o terreno consegue oferecer. Uma das consequências desse processo é a erosão, responsável por levar a parte fértil do solo embora. Outra possibilidade é a desertificação que, por sua vez, ocorre quando a terra não consegue mais produzir e nem se regenerar sozinha. “É preciso melhorar as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo para recuperá-lo”, explicou o professor.
A partir do relatório da FAO, a União Europeia definiu quatro pilares para interromper a degradação do solo. São eles: aumento do conhecimento, pesquisa, integração da proteção do solo na legislação existente e um novo instrumento legal (lei). Durante a reunião da Câmara de Agronomia, os conselheiros ofereceram uma série de contribuições à proposta. Em termos gerais, as discussões caminharam num consenso de que a criação de uma lei de solo terá, inicialmente, o objetivo de criar parâmetros e de oferecer conhecimento tanto para produtores rurais, quanto para a população goiana em geral. “Antes de criar uma legislação punitiva, nós precisamos levar conhecimento, informações para aqueles que lidam diretamente com a terra, em especial os pequenos produtores”, afirmou o representante da Seapa, João Asmar.
De acordo com profissionais, os instrumentos legais precisam ser reforçados pelo aumento das atividades de conscientização e educação, assim como é preciso reforçar o investimento em pesquisa e tecnologias de recuperação. Para eles, desenvolver essa estratégia pode reverter a tendência de degradação do solo no mundo e deve ser o objetivo para o manejo sustentável da terra.
Mais reuniões
As Câmaras Especializadas de Civil e Elétrica também realizaram reuniões nesta manhã. Ambas foram on-line. Na pauta, os conselheiros avaliaram pedidos de expedição de carteira, estudo para avaliação do Terço, além da análise de processos éticos e disciplinares.
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