Lamartine Moreira Junior
Publicado: 18/06/2024 - Fonte: Diário da ManhãNa vanguarda do desenvolvimento, a construção civil cresce em ritmo acelerado e coloca Goiás em posição de destaque na geração de empregos no Brasil: Goiânia, é a terceira cidade brasileira com mais postos de trabalho na área. Segundo levantamento divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Social da Indústria (SESI), entre janeiro e fevereiro deste ano, foram geradas 4,7 mil novas vagas no Estado, sendo 2 mil novas oportunidades apenas na capital, nos dois primeiros meses do ano.
Esses números tem se traduzido em obras. Basta andar pela Capital para verificar a execução de novos prédios, condomínios horizontais, espaços comerciais e de lazer. Setores como Bueno, Marista, Oeste, Jardim Goiás, tradicionalmente já estruturados, assistem a uma nova etapa de adensamento, o da verticalização de alto padrão. Goiânia já é o terceiro maior mercado imobiliário do país, segundo o valor geral de vendas (VGV). A pesquisa revela que a Capital saltou 126%, de R$ 2,6 bilhões em 2014 para quase R$ 6 bilhões em 2023.
Isso é resultado da construção de imóveis que ultrapassam a cifra de milhões. Há alguns anos seria impensado vender um apartamento às margens do Parque Vaca Brava por R$ 12 milhões. Hoje isso é realidade. Além disso, o aumento do mercado imobiliário de luxo, construtoras e incorporadoras de obras de médio e baixo padrão continuam a construir e lançar novos empreendimentos na Capital e no interior do Estado.
Diante desse cenário, é leviano não reconhecer que, apesar do aumento no custo produtivo e dos materiais, o mercado da Construção Civil em Goiás voltou a respirar após o sufocamento da Covid-19 e de seus impactos dolorosos. Uma respiração acelerada, como quem tenta segurar o fôlego e manter os esforços durante a corrida pelo crescimento social e econômico do país.
Apesar disso, os desafios de continuar o percurso, com crescimento, geração de emprego e renda são enormes. Um dos principais gargalos do Setor é a falta de mão de obra qualificada. Um problema histórico da construção civil no país. Goiânia e Brasília, por exemplo, irmãs construídas no Centro-Oeste, foram edificadas tanto por quem entendia de construção quanto por pessoas movidas pelo desejo de ter trabalho ou pelo sonho de construir novas capitais e que no canteiro de obras tiveram suas primeiras experiências.
Já se passaram 90 anos desde a construção de Goiânia e nossos canteiros de obras continuam a acolher pessoas de diferentes regiões do país sem qualquer experiência técnica profissional. São trabalhadores que se tornam encarregados, carpinteiros, mestres de obras, no dia a dia prático do ofício. Isso não seria um problema se o emprego de mão de obra não qualificada não gerasse impactos diretos nos custos e no tempo de entrega da edificação. Fica mais caro e leva mais tempo construir quando os profissionais não estão capacitados. Por isso, é de suma importância que o poder público, em parceria com a iniciativa privada, ofereça mais cursos de qualificação profissional voltados para o mercado da construção civil, uma vez que esse mercado é um dos braços que sustenta o PIB Goiano e o PIB do Brasil.
Em relação aos profissionais das Engenharias, o Crea Goiás tem intensificado as fiscalizações e combatido o exercício ilegal da profissão. Somos tolerância zero para atuação de leigos onde deveria haver um profissional habilitado.
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