Começa nesta quinta-feira (27) o vazio sanitário da soja. O calendário publicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária por meio da Portaria nº 1.111 estabelece que os produtores goianos não podem  fazer a semeadura entre 27 de junho e 24 de setembro. A medida, segundo a vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), agrônoma Daniela Rézio, tem como objetivo o controle da ferrugem asiática, considerada uma das doenças mais graves que prejudicam a produção do grão. “Reforço que a contratação profissionais legalmente habilitados é obrigatória em plantações justamente porque é ele quem vai alertar e conduzir corretamente esse processo” ressalta o presidente do Crea-GO, engenheiro Lamartine Moreira. 

“Produtores rurais e agrônomos devem ficar atentos a essas datas. É uma medida fitossanitária que contribui para a minimização de custos na prevenção e controle da ferrugem asiática, bem como evitar sua disseminação. Esse fungo é considerado uma das principais pragas que acarreta severos danos à produção de grãos, com perdas de até 90%”, alerta Rézio.

Considerado um dos maiores produtores de soja do mundo, o Brasil foi o principal exportador da safra de 2022/2023, índice alcançado graças ao aumento da produtividade e o maior controle  de doenças e pragas. Para isso, anualmente o Governo Federal publica uma portaria que informa o período de vazio sanitário e de semeadura. As datas são diferentes entre os estados, variando entre janeiro e dezembro. 

“É muito importante que o produtor cumpra o período de vazio sanitário da soja para o controle de pragas no campo e o fortalecimento da cultura no estado de Goiás, que atualmente ocupa o terceiro lugar no ranking nacional dos maiores produtores de grãos de soja e o maior produtor de sementes na safra 2023/2024. Caso o produtor desrespeite o período do vazio sanitário, estará sujeito à multa e destruição da lavoura. Vale ressaltar que é proibido além do cultivo, a presença de tigueras que são aquelas plantas de soja voluntárias que germinam no campo logo após a colheita” alerta Rézio.

A vice-presidente do Crea-GO lembra ainda que o sucesso no campo e o aumento da produtividade conta com o apoio do profissional habilitado. São eles os responsáveis pelo manejo de diferentes culturas. Também pelo planejamento e cultivo com otimização produtiva. “Eles indicam as tecnologias que devem ser aplicadas, avaliam as condições do solo, 

“A presença de um profissional da agronomia como responsável técnico da lavoura é de suma importância para monitorar e adotar medidas de prevenção e controle de pragas, de modo a assegurar a sanidade vegetal e evitar prejuízo acarretados à queda de produtividade, cumprindo assim as medidas legislativas estabelecidas pelo governo de Goiás”, conclui a vice-presidente.