Indústria dá destinação correta aos Resíduos da Construção Civil (RCC)
Publicado: 22/07/2024 - Fonte: Coordenação de Publicidade e ImprensaOs assessores institucionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) Antonio de Pádua e Roberto Viana Filho visitaram, na última sexta-feira (19/07), a usina de reciclagem de Resíduos da Construção Civil (RCC) Eco Parque, localizada no município de Senador Canedo. Esta é a terceira indústria do tipo visitada pelos representantes da Autarquia neste ano, que estiveram também nos municípios de Catalão e Chapadão do Céu. “A sustentabilidade é um dos pilares da Engenharia. Por isso, estamos conhecendo exemplos de boas práticas e destinação correta de resíduos para sermos um espaço de compartilhamento de boas práticas e apoio aos nossos profissionais”, afirmou o presidente do Crea-GO, engenheiro Lamartine Moreira.
“Estamos visitando usinas de reciclagem de resíduos da construção com o objetivo de conhecer melhor a atividade e desenvolver um projeto viável para ser aplicado nos municípios goianos de pequeno porte”, lembrou Antonio de Pádua. A usina de Senador Canedo tem capacidade para produzir 50 toneladas por hora. O local recebe resíduos Classe A (concreto, cerâmica, argamassa, entre outros), Classe B (papel, plástico, vidro) e galhadas de árvores. Os do tipo A são reciclados na indústria e transformados em brita, areia e pedrisco. As galhadas, por sua vez, são trituradas e o material produzido é comercializado. Já os do tipo B são destinados às cooperativas que trabalham com esse tipo de material.
Mesmo com a presença de usinas em diferentes regiões do Estado, 86% dos resíduos da construção civil são descartados de forma irregular em Goiás, segundo dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O levantamento aponta que 52% dos resíduos da construção civil de Goiás hoje vão para os lixões. Outros 21% são dispostos nos chamados “bota-foras”, que são encostas, corpos d’água ou lotes vagos, por exemplo. Cerca de 9% vão para aterros sanitários, 10% são usados na manutenção de estradas e/ou controle de erosão, 4% ficam em local específico para resíduos inertes e 4% em aterros controlados.
A meta do Crea-GO é incentivar a diminuição da quantidade de descarte irregular nos municípios goianos. “Entulho não é lixo. É possível transformar esse passivo ambiental em ativo financeiro”, declarou Pádua . No ano passado, os assessores visitaram a Unidade de Recebimento de Entulho de Brasília (URE) e o Centro de Reciclagem de São José do Rio Preto, onde são fabricados artefatos de concreto como tubos, meio-fios e bancos de praça com o agregado reciclado.
Para este ano, a meta é ampliar as visitações. “Estamos programando outras visitas em Goiás para conhecer as dificuldades e entender melhor como poderia ser proposto um programa viável de reciclagem de um material que atualmente é quase todo descartado em lotes vagos e áreas de preservação permanente, um crime ambiental com o qual a sociedade convive há anos e ainda sem solução à vista”, explicou o assessor Institucional do Crea-GO.
Nesta terça-feira (23/07) está prevista uma nova visita dos assessores a mais uma usina de RCC. Desta vez, no município de Jataí.
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