Lamartine Moreira
Publicado: 16/07/2024 - Fonte: Coordenadoria de Imprensa do Crea-GO.Recentemente, a Agrodefesa identificou a presença da praga HLB/Greening em dois pomares de citros nos municípios de Campo Limpo de Goiás e Quirinópolis. Considerada a pior doença desse tipo de plantação, por não possuir tratamento e se propagar rapidamente, a notícia deixou produtores e engenheiros agrônomos em alerta. O estrago não foi maior porque, segundo entrevista da gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, e também vice-presidente do Crea-GO ao POPULAR, as propriedades são inspecionadas periodicamente, sendo que em uma delas, o pomar comercial com 62 hectares é inscrita no Sistema de Certificação Fitossanitária da Agrodefesa, ou seja, possui um Responsável Técnico (RT) habilitado em atendimento aos pré-requisitos de comercialização para fora do Estado.
A outra área menor, de 6 hectares, voltada ao comércio interno, monitorada por fiscais estaduais agropecuários, ambos profissionais engenheiros(as) agrônomos(as) registrados no Conselho regional, responsáveis pela recomendação e execução de medidas legislativas para prevenção e controle do HLB, incluindo o armadilhamento para captura do inseto transmissor, conhecido por psilídeo (Diaphorina citri).
Ter um engenheiro(a) agrônomo(a) responsável técnico na lavoura não só fortalece a economia agrícola e a segurança alimentar de quem produz e consome, como também é um princípio de obrigatoriedade, prevista na Lei n.º 5.194/66, que regulamenta o exercício e competência do profissional desta categoria. Ou seja, toda propriedade rural necessita de um responsável técnico que garanta o cumprimento de protocolos de produção em conformidade com a legislação e as normas vigentes, de modo a promover incrementos na produtividade e minimizar os riscos econômicos acarretados ao agronegócio.
Semelhante ao que acontece em outras categorias profissionais, por exemplo, um consultório odontológico, que precisa de dentista para fazer atendimento; as salas de aula de professores para ensinar; na defensoria pública exigem profissionais da advocacia, todos registrados em seus respectivos conselhos de representatividade, são os(as) engenheiros(as) agrônomos(as), responsáveis técnicos por todo o processo de produção agrícola com habilidades específicas e compromissos com o desenvolvimento sustentável de alimentos seguros e de qualidade, preservando o meio ambiente.
Por mais que historicamente o conhecimento no campo seja transmitido de geração para geração e muitas técnicas aplicadas tenham sido desenvolvidas de maneira empírica, na lida diária da terra, é imprescindível que o conhecimento técnico-científico seja também respeitado e levado em consideração a inovação da nova era tecnológica. Os estudos científicos na área agrícola vêm sendo realizados há mais de 424 anos. Foi em Paris, na França, que Olivier de Serres, em 1.600, publicou o primeiro curso de economia rural e agricultura.
De lá para cá, com o avanço da tecnologia, dos meios de informação e da inteligência artificial, as pesquisas ganharam patamares ainda maiores. Por isso, é de fundamental importância que, no campo, o conhecimento cultural, social, muitas vezes passado pela sucessão familiar caminhe ao lado do saber científico, uma vez que os conhecimentos da vivência prática com os ensinamentos acadêmicos se complementam. A união de saberes e experiências entre o produtor e o responsável técnico em prol de um bem comum aumenta a produtividade, o lucro, a segurança e a qualidade da produção.
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