A Comissão de Acessibilidade, Transporte e Mobilidade Urbana do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) recebeu o vereador por Goiânia, Fabrício Rosa, durante reunião, na sede da Autarquia,  nesta quinta-feira (21). No encontro, além de dialogar sobre os problemas de mobilidade na Capital, os membros da Comissão apresentaram ao parlamentar a proposta de criação de um Plano de Rotas Acessíveis para a cidade de Goiânia. "As engenharias constroem um mundo melhor e um mundo mais igual e acessível para todos só é possível por meio da nossa atuação profissional" observou o presidente do Crea-GO, engenheiro Lamartine Moreira. 

De acordo com a coordenadora da Comissão, também conselheira do Crea-GO, engenheira Marisa Pignataro, a Comissão tem articulado meios de diálogo com o poder público para tratar da acessibilidade na Capital. “As calçadas em Goiânia são irregulares e não oferecem acessibilidade adequada, com vários obstáculos e falta de continuidade. Pessoas com deficiência têm muita dificuldade de transitar”, destacou a profissional. 

Segundo Marisa, Goiânia conta com Plano de Mobilidade Urbana, entretanto, para resolver o problema da falta de acessibilidade que impacta o dia a dia da população, em especial de deficientes e idosos,  é importante a criação de um Plano de Rotas Acessíveis. “Esse projeto vai escolher os locais em que as pessoas com deficiência mais transitam. A partir desse diagnóstico, eleger algumas calçadas prioritárias. Dessa maneira, a partir desse plano, implantar gradativamente melhoria nessas vias”, explicou Pignataro. 

As rotas acessíveis estão previstas no Estatuto da Cidade e tornam os espaços públicos mais democráticos, uma vez que permitem a caminhabilidade e acessibilidade universal. A implementação de um plano de rotas acessíveis é mais do que uma questão de infraestrutura;  é um compromisso ético e social com a igualdade de direitos, como declarou Fabrício Rosa, por meio de suas redes sociais, após participar da reunião no Crea-GO. 

“A ideia é mapear a cidade e fazer com que o poder público assuma a tarefa de cuidar de algumas calçadas porque é muito difícil viver numa cidade com tanto desnível. As pessoas com deficiência são absolutamente impedidas de andar em Goiânia”, avaliou o vereador. 

A acessibilidade vai além da construção de rampas ou  instalação de pisos táteis. Ela trata de redes integradas de transporte, calçadas niveladas, semáforos sonoros e sinalização clara que contemplem as necessidades de pessoas com deficiência, idosos, crianças e famílias com carrinhos de bebê. Por isso, na reunião, os membros da Comissão, em parceria com o vereador, definiram um calendário de atividades em comum a serem realizadas em 2025 com a participação da população. Os eventos incluem audiência pública na Câmara de Vereadores de Goiânia e um seminário anual sobre o tema. 

Diante da importância da democratização dos espaços públicos e com o desejo de tornar a mobilidade urbana uma ponte para a inclusão, os membros da Comissão de Acessibilidade do Crea-GO enviaram um ofício à Comissão de Educação também do Crea-GO solicitando que a disciplina de acessibilidade seja incluída na grade dos cursos de graduação em engenharia. 

A reunião desta quinta-feira também foi acompanhada pelo auditor de Controle Externo do TCM-GO e representante do MPC, eng. mec. Pedro de Albuquerque Maranhão, pela auditora de Controle Externo do TCM e representante do MPC, eng. civ. Mariana Diniz Cabral.  Além deles, também os conselheiros do Crea-GO e membros da Comissão de Acessibilidade,  Anna Karla Gomes, Juliana Matos; a agente de Fiscalização do Crea-GO e arquiteta, Luciana Joyce Hamer; e o colaborador de Apoio ao Colegiado do Crea-GO, João Victor Nobre.