Material pode entupir bueiros, causando alagamentos no período chuvoso
Publicado: 11/12/2024 - Fonte: Coordenação de Publicidade e ImprensaO Crea-GO, por meio do Grupo de Trabalho de Drenagem Urbana do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), abriu diálogo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) para que, juntos, possam realizar campanha de conscientização sobre a destinação correta dos resíduos sólidos provenientes de obras urbanas. “É proibido jogar restos de concreto nas vias públicas. Inclusive, o caminhão de concreto não deve ser lavado no canteiro de obras porque esse material vai para as bocas de lobo e entope o sistema pluvial, provocando alagamentos”, afirmou o coordenador do GT de Drenagem, engenheiro Marcus Mendes.
O presidente do Sinduscon-GO, Hidebrair Henrique de Freitas, confirmou a parceria para uma ação conjunta e explicou que o Sindicato, juntamente com a Associação de proprietários de imóveis em Goiânia (Ademi-GO), tem uma cartilha orientativa voltada para as construtoras sobre o descarte correto do concreto que sobra do processo de concretagem no canteiro de obras. Entre os pontos abordados no material, estão áreas de lavagem controlada.
Segundo a NBR 7212:2021, que estabelece padrões técnicos para assegurar a qualidade do concreto produzido e fornecido por centrais de concreto, no estado plástico, o material retornado pode ser reutilizado em uma nova entrega desde que cumpra alguns requisitos técnicos para garantir a sua qualidade final. Caso as condições estabelecidas pela norma NBR 7212 não sejam atendidas para a reutilização do concreto no seu estado plástico, os resíduos podem ser lançados em fôrmas previamente preparadas na central para a produção de blocos ou peças pré-moldadas para uso não estrutural.
Lavar caminhões betoneira em obras pode causar sérios impactos ambientais quando os resíduos de concreto são descartados de forma inadequada, como em galerias pluviais e bocas de lobo. Isso pode causar bloqueios nas tubulações, reduzindo a capacidade de escoamento da água da chuva. Como consequência, há um aumento significativo no risco de alagamentos urbanos, especialmente em períodos de chuvas intensas.
Entre os encaminhamentos da reunião ficou definido que, no próximo semestre, os profissionais do GT de Drenagem do Crea-GO voltam a se reunir com o presidente do Sinduscon para novas deliberações. Além disso, o grupo pretende provocar o poder público municipal de Goiânia para que o mesmo instale pontos de coleta de resíduo de concreto em alguns locais da cidade para que as concreteiras possam fazer o descarte do material restante da concretagem. “Dessa maneira a prefeitura pode reaproveitar esse concreto para produzir tampas de bocas de lobo, meio fio e outros materiais de uso não estrutural”, refletiu o coordenador geral da Defesa Civil do Município de Goiânia, Robledo Mendonça.
A reunião desta quarta-feira contou ainda com a presença do membro do GT de Drenagem, engenheiro Thiago Mendes, engenheiro José Carlos, engenheira Marisa Pignataro, engenheiro José Francisco Alves; Também com o assessor Institucional do Crea-GO, Antonio de Pádua e do presidente da Ageamb, engenheiro Marlison Rosa. O encontro foi documentado pela colaboradora de apoio às Câmaras e Comissões do Crea-GO, Cristiane Martins de Oliveira.
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