O Crea-GO, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) promoveram no dia 15 de agosto, na inspetoria do Conselho em Catalão, o workshop “Manejo Sustentável dos Cultivos em Solo do Cerrado”. O evento reuniu 64 pessoas, capacitando técnicos no manejo sustentável dos solos do Cerrado, e contou com o apoio do Instituto Federal Goiano (IFG – Campus Catalão) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emater, Zootecnista e Técnico em Agropecuária Antelmo Teixeira Alves; a pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Eng. Agr. Dr.ª Flávia Rabelo Barbosa Moreira, o inspetor titular do Crea-GO em Catalão, Eng. Civ. Raul  Evangelista da Rocha e o inspetor auxiliar do Crea-GO em Catalão, Eng. Agr. Benedito Soares Adorno Filho Pereira deram as boas vindas na abertura do evento.  

“Há pessoas que já são formadas e jovens ávidos por informação com relação à questão de uso do solo e aproveitamento com mais produção por menor área que se possa plantar, então esse é um evento muito importante”, comenta o Eng. Civ. Raul Rocha durante abertura.

Palestras - A primeira apresentação foi ministrada pelo Dr. Antelmo Teixeira Alves, que exibiu uma palestra institucional da Emater. Em seguida, o Eng. Agr. Dr. Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira abordou a “Qualidade do Solo em Sistemas de Produção de Grãos e Fibra”. Em sua fala, ele ressaltou a importância de se trabalhar adequadamente o solo para manter a qualidade e melhorar os solos do cerrado. “Esses solos são frágeis em qualidade, mas profundos quimicamente. Um investimento que realizamos atualmente é na questão da fertilidade, adubações, práticas corretas de manejo, sistema correto que estabeleça culturas. Tudo para melhorar o processo produtivo reduzindo emissões de gases de efeito estufa”, explicou.

A palestra intitulada “Manejo de Plantas Daninhas em Sistemas de Produção”, foi proferida pelo Eng. Agr. Dr. Emerson Trogello que destacou formas de controle das plantas daninhas. “Abordamos todos os aspectos de controle de plantas daninhas voltado para um ambiente de sustentabilidade. Falamos sobre controle químico como uma alternativa, mas envolvendo todos os outros métodos, desde o preventivo, cultural, mecânico, físico e o químico como última opção de controle”, salientou.

No período da tarde, a palestra “As Tecnologias para Sequestro de Carbono em Sistemas Agrícolas: rumo à intensificação sustentável” foi mostrada pela Eng. Agr. Drª Marcia Thais de Melo Carvalho. “Explorei a importância da intensificação ecológica para adaptar sistemas agropecuários de produção, as mudanças do clima recentes, os aumentos de temperatura e as diversidades climáticas como o excesso da seca no Cerrado. Expliquei também sobre a taxa de sequestro de carbono no solo em sistemas mais biodiversos intensificados e como a agricultura pode contribuir para sequestrar carbono da atmosfera e mitigar os efeitos do aquecimento global”, declarou.

A última palestra da programação foi exposta pelo Eng. Agr. Dr. Murillo Lobo Júnior que falou sobre a “Saúde do Solo e o Manejo de Doenças”. Em sua fala, Murillo destacou as doenças que atacam raízes. “Existe no solo vários patógenos que tendem a existir juntos causando vários tipos de prejuízos. Com a presença do patógeno, a planta fica improdutiva então é preciso manejar fazendo porte de matéria orgânica, conservando água do solo, favorecendo organismos que são benéficos e que concorrem com os patógenos. Um modo de controlar esse conjunto de patógenos sem ter que fazer muitas mudanças no sistema de produção é construir a parte química, física e biológica do solo. São mudanças que são benéficas e a partir do momento que o produtor as experimenta, ele tende a adota-las e mantê-las no solo”, esclareceu.