O Crea-GO, por meio de sua equipe de fiscalização, auxiliou o Crea-DF na realização de uma fiscalização preventiva integrada com a Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) em estabelecimentos que comercializam agrotóxicos no DF. A ação foi realizada de 3 a 5 de agosto e objetivou fiscalizar revendas de agrotóxicos registradas no Distrito Federal para venda e armazenamento de agrotóxicos e estabelecimentos agropecuários sem registro, com potencial de comercialização desses produtos.

Pelo Crea-GO, participaram da ação integrada, orientando a equipe do Regional do Distrito Federal, o gestor do Departamento de Fiscalização, Eng. Civ. Jeorge Frances; o líder da Área de Fiscalização, Planejamento e Geoprocessamento, Eng. Quim. Frederico Borges; e os agentes de fiscalização Marcelo Pereira, Hugo Pontes, Robson Natal e Marcelo Luiz de Souza.

Para Jeorge Frances, o convite para que o Crea-GO orientasse os fiscais do Distrito Federal mostra o lugar de destaque ocupado pelo Regional goiano em cenário nacional. “Entre os demais Creas, temos uma imagem de produtividade e eficiência dos sistemas. O convite do Crea-DF é exemplo disso. Eles queriam o nosso apoio operacional e nós aproveitaremos o que conhecemos da fiscalização da Agronomia no Distrito Federal para planejar a fiscalização do entorno”, explicou o gestor de Fiscalização.

Resultados

Nos três dias de ação, as equipes visitaram 60 estabelecimentos comerciais, sendo 13 registrados na Seagri-DF para comercialização de agrotóxicos e 47 sem registro. A fiscalização teve caráter fundamentalmente preventivo. “Os estabelecimentos agropecuários foram orientados quanto à necessidade de se registrarem antes de comercializarem agrotóxicos. E no caso das revendas já registradas, foi reforçada a necessidade de terem um responsável técnico habilitado”, frisou Gilson Alves, gerente de Sanidade Vegetal da Seagri-DF.

A Eng. Agr. Clarissa Adami, gerente de Fiscalização do Crea-DF, enfatiza a importância da integração entre as equipes para desenvolver e aprimorar a metodologia de trabalho, de modo a tornar mais eficiente a execução de ações de fiscalização, com base na troca de experiência e informações técnicas entre as instituições, assim como orientando os comerciantes quanto aos requisitos para comercialização de agrotóxicos e afins.

No total, foram notificadas 10 revendas, que apresentaram inadequações do depósito de agrotóxicos. “Os estabelecimentos devem ter um depósito exclusivo para armazenamento de agrotóxicos. Mas na prática muitos acabam armazenando outros tipos de produtos no mesmo local. Isso representa risco de contaminação cruzada”, esclareceu o gerente Gilson Alves.

Outro aspecto fiscalizado durante a ação conjunta foram os receituários agronômicos, documentos exigidos para a compra de agrotóxicos. Verificou-se o correto preenchimento das informações e a assinatura de um responsável técnico habilitado de 500 receitas agronômicas. “É fundamental que os agrotóxicos usados nas lavouras sejam prescritos por um responsável técnico habilitado, por meio da receita agronômica. Nesse documento devem constar as orientações de uso recomendadas no rótulo e bula do produto”, destacou a Eng. Agr. Marília Angarten, da Gerência de Sanidade Vegetal da Seagri-DF.

A equipe da Seagri-DF destacou ainda o papel do produtor rural na aquisição e uso dos agrotóxicos. “Antes de comprar agrotóxicos, o produtor deve procurar um técnico habilitado, que fará a prescrição do produto mais indicado, na receita agronômica. Esse documento e a nota fiscal da compra precisam ser guardados pelo produtor”, esclareceu Marília Angarten. “É fundamental que o produtor siga as recomendações prescritas e utilize corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) na aplicação desses produtos”, complementou.

A subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri-DF, Danielle Araújo, destacou a importância de ações integradas com outras instituições. “Essas parcerias permitem uma troca de conhecimentos e experiências muito rica, otimizando recursos e tornando as ações de fiscalização mais efetivas. Com isso, todos ganham. Inclusive a população, que tem maior garantia da segurança dos alimentos que consome”, ressaltou a subsecretária. (Com informações da Ascom Seagri-DF e do Crea-DF)

 

Brunno Falcão
Equipe de Comunicação do Crea-GO