Coordenadores de cursos, professores e estudantes das Engenharias, Agronomia e das Geociências participam do 2º Seminário de instituições de Ensino do Estado de Goiás, nesta terça-feira, 7, no Crea-GO.

Na abertura, o presidente do Crea-GO, Eng. Civ. Agric. e Seg. Trab. Lamartine Moreira, agradeceu aos participantes e pediu apoio aos representantes das Instituições de ensino para a unificação da grade curricular para os cursos das engenharias. “Temos um desafio e é fundamental o apoio dos professores e coordenadores, que é de oferecer o Selo de conformidade do Crea-GO às Instituições de Ensino. Hoje, tem várias grades dentro das faculdades, e é fundamental a unicidade dessas grades curriculares plena. São matérias que podem fazer falta na vida profissional do engenheiro ou agrônomo que encontram limitações de atuações, destacou Lamartine.

O coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional do Crea-GO, o Eng. Eletric. Euler Bueno dos Santos, pontuou que existem questões que necessitam de solução rápidas sobre às boas práticas das engenharias sempre aliadas à ética, por isso, criou-se o Colégio de Instituições de Ensino, que será dividido em todo o estado de Goiás por áreas, respeitando a quantidade de instituições e profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. “Com a participação dos coordenadores das Instituições, alunos e representantes do Crea e das Casas de Engenharias acreditamos que poderemos construir uma base sólida com adequações de entendimentos acerca das formações, o que trará valorização aos profissionais", pontuou o professor Euler.

Os Conflitos e Contradições do Ensino Superior no Brasil foi tema da palestra ministrada pelo coordenador da CEAP-Confea, o Eng. Agr. Luiz Lucchesi. O agrônomo destacou que atualmente temos dois sistemas educacionais relativos às Engenharias, Agronomia e Geociências. O Sistema Educacional é regido pela Lei de Diretrizes da Educação Nacional 9.394/1996 (LBD) que possibilita a formação de diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais; Já o Sistema Profissional Brasileiro é regido pela Lei 5194/66, que regula as profissões fiscalizadas pelo Sistema.

“Faço aqui provocações: Que tipo de profissionais o Sistema Profissional está formando para o futuro? Estamos formando engenheiros para o que diz respeito à LDB ou usuários replicadores das tecnologias, com aplicação local ou global? Existe um modelo que atenda um mundo em constantes mudanças?”, incita Lucchesi, e destaca a importância das Comissões de Educação e a necessidade da integração dos Sistemas Educacional e profissional.

O gestor do Departamento de Registro do Crea-GO, o Eng. Agr. Hélder Borges Assis, falou sobre o Sistema Confea/Crea, mais específico sobre a regulamentação da Lei 5194/66, a ética e o exercício profissional . “É fundamental que os profissionais conheçam e sigam a legislação que regem nossas profissões e sigam atentos às obrigações e tramites diários para evitarem problemas. Com ética e responsabilidade seguimos e o reconhecimento profissional é o fruto que colhemos no futuro”, assegurou Hélder.

O coordenador de Educação do Crea-GO, o Eng. Agr. Ariston Alves explanou sobre as atribuições profissionais vigentes, legislação, decretos e resoluções. “A legislação como o todo cria uma divisão entre o Sistema de Ensino e o Sistema de Fiscalização Profissional, que não deveria acontecer, pois, o estudante se forma e como profissional vai ter que se filiar a um Conselho de fiscalização. Vamos dar voz às entidades de ensino dentro do Crea-GO”, destacou o coordenador.

O evento ministrado de forma híbrida é uma realização do Conselho Goiano com apoio do Confea e patrocínio da Caixa de Assistência dos Profissionais dos Crea (Mútua-GO) e Sicoob Engecred.

 

Gracielly de Oliveira
Assessoria de Imprensa do Crea-GO