A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) emitiu, em 22 de janeiro, alerta de atenção dirigido aos proprietários de barragens no Estado sobre os volumes de chuva acima do normal previstos para os próximos dias. 

Comunicados do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em conjunto com Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), apontam para totais pluviométricos entre 150 e 400 milímetros nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

De acordo com o superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Semad, Marcos Antônio de Souza Menegaz, volumes acima de 100 milímetros já demandam uma atenção redobrada dos proprietários. “O que nós recomendamos é uma vistoria da estrutura e que o nível da água seja reduzido, já pensando em um possível cenário de cheia, para que a barragem receba e escoe o volume sem maiores pressões”, afirma.

Entre as recomendações da Semad, estão: verificar o nível do reservatório; verificar a existência de trincas ou rachaduras e infiltrações nas ombreiras e taludes; deixar descargas de fundo escoando livremente, para que a barragem receba a água da chuva sem problemas; desobstruir os extravasores, quando houver; e não remover árvores ou vegetação nos taludes ou ombreiras para não causar instabilidade na estrutura.

A Semad também instrui todos os proprietários de barramentos para que estejam sempre em prontidão para comunicar possíveis emergências às Defesas Civis municipais da região onde se encontram, além de constituir uma rede de comunicação com vizinhos e comunidades residenciais em um raio de 10 quilômetros da represa.

Para o gestor do Departamento Técnico do Crea-GO, Eng. Civ. e Seg. Trab. Edvaldo Maia, as recomendações da Secretaria são pertinentes. Mas o engenheiro destaca: “qualquer vistoria em estrutura deve ser realizada por profissional legalmente habilitado. Só ele tem condições técnicas de identificar e tomar as medidas necessárias para sanar devidamente possíveis falhas e evitar maiores problemas”. _{(Com informações da Comunicação Setorial da Semad)}